São Paulo - A abertura das empresas à prática do home office no Brasil evolui a passos lentos.

É o que revela uma pesquisa realizada pela SAP Consultoria RH que ouviu mais de 300 companhias de diferentes segmentos, entre setembro de 2015 e março deste ano.

Segundo o estudo, ao qual EXAME.com teve acesso antecipado, 37% das corporações do país já permitem que os funcionários trabalhem de casa.

O número é apenas um ponto percentual maior do que o registrado em 2014, quando a primeira edição do levantamento foi realizada.

Nas empresas em que o home office está instituído, um em cada 13 trabalhadores (7%) pratica a modalidade.

Em média, os profissionais administrativos passam de um a dois dias por semana atuando fora do escritório, enquanto os de campo passam três a quatro dias.

Conforme a pesquisa, as empresas de pequeno porte são mais receptivas ao home office. Enquanto 45% daquelas que têm entre 101 e 1.000 funcionários adotam a medida, só 6% das que empregam mais de 10.000 pessoas fazem o mesmo.

Entre as que faturam até 100 milhões de reais, 39% permitem que a equipe trabalhe de casa. Entre as com receitas acima de 2,5 bilhões de reais, a parcela cai para 14%.

Por que adotam (ou não)

As companhias que optam pelo home office visam principalmente a atração de talentos (fator citado por 89% delas), a otimização de processos internos (87%) e a retenção de colaboradores (85%).

Além desses objetivos, 74% usam o recurso para viabilizar ou manter planos e estratégias de negócio e 66% para enfrentar períodos de crise econômica.

As que não contam com a alternativa alegam conservadorismo por parte da direção (43%), aspectos de segurança da informação (38%), problemas legais (38%), dificuldade de gerir atividades em ambiente externo (36%) e barreiras de infraestrutura (29%).

Outras formas

Apesar do baixo índice de adoção do home office, a maior parte das companhias (68%) já utiliza alguma prática de teletrabalho.

Delas, 15% usam telecentros, 89% têm equipes de trabalho de campo itinerantes e 47% têm times multidisciplinares de trabalho colaborativo.

O incentivo para que os funcionários usem seus próprios dispositivos pessoais (como computadores, notebooks, tablets e smartphones) é comum em 32% das organizações.

O estudo foi realizado com o apoio da SOBRATT (Sociedade Brasileira de Teletrabalho e Teleatividades), da ABRH (Associação Brasileira de Recursos Humanos), da BRASSCOM (Associação Brasileira de Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação) e do GCONTT (Grupo de Consultoria em Teletrabalho).

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